A Origem da Cosmetologia Oriental

Muito tem se falado dos cosméticos naturais, mas pouco sobre sua história e origem da cosmetologia oriental.

O termo cosméticos como conhecemos surgiu da palavra kosmêticos no século XVI, e o seu significado é relativo ao adorno.

Já a palavra higiene veio da grega Higéia, que na época cuidava da saúde do povo.

Nessa época na Grécia, os banhos eram relacionados ao ato de libações e preces.

Mas antes disso, nos tempos pré-históricos (período em que surge o homem, em torno de 150 mil anos até o aparecimento da escrita 3.200 a.C.) já haviam sinais de limpeza e higiene.

Seja para cobrir o corpo com argila para camuflagem contra inimigos, raios solares ou usado em rituais para fins religiosos e espirituais.

Portanto, esses produtos de beleza eram utilizados para sedução, espiritualidade e saúde.

Lembrando que o uso para a beleza era abominado por alguns religiosos.

Os Egípcios se destacam no uso dos cosméticos.

Origem da Cosmetologia

Após o aparecimento das primeiras civilizações do Oriente como: Egito, China, Mesopotâmia, Grécia e Roma, podemos ver os rastros de higiene e saúde.

Os sabonetes datados de 2.800 a.C. encontrados em escavações na Babilônia, são elaborados com cinzas e gordura.

Mas com certeza a civilização que mais se destaca são os Egípcios na origem da cosmetologia oriental.

Além de possuírem uma forte influência com as outras civilizações, em seus costumes já era visto banhos 3 vezes ao dia e produtos para o corpo nos climas quentes e arenosos, isso incluía sabonetes com óleos vegetais.

Óleos, gorduras e ceras eram vistos em produtos como cremes e pomadas para serem passadas no corpo.

Essências como mirra, olíbano, tomilho e cânfora também eram usados.

Sais alcalinos, óleos vegetais, gordura animal, cinza e argilas eram usados para tratamentos de feridas cutâneas e limpeza diária.

Muito era visto também as maquiagens, tanto em homens quanto mulheres no Egito.

Essa pintura ao redor dos olhos era feito a partir de uma pasta à base de cristais de malaquita.

Também era usado uma pasta preta (khôl) de gordura animal e sulfeto de chumbo natural.

Cleópatra, a rainha do Egito, fazia o uso de leite azedo e lamas do rio Nilo para manter a pele limpa e suave.

Para tingir os pelos e cabelos, usava-se a hena, para os lábios uma tintura a base de ocre vermelho.

Já na Grécia Antiga, era usado terra da ilha de Lêmnos e argila branca para limpeza facial.

A Idade Média, Moderna e Contemporânea

Junto com a idade média veio a religiosidade seguida do retrocesso com os hábitos de limpeza.

Os banhos que eram comuns e libertadores, passaram a ser profanos e pagãos em Roma.

Os banhos só eram aplicados em casos realmente necessários, segundo os franceses, eles abriam os poros e desta forma as pessoas se tornavam suscetíveis ao contágio da peste.

Junto com esses hábitos, Paris se torna o grande produtor de águas aromáticas e óleos para camuflar o odor.

O leite de jumenta passa a ser usado como máscara noturna, assim como a lanolina para os cuidados com a pele.

Entre os romanos, eram também usados manteigas e farinha de cevada para tratar acne.

Mais para frente, os médicos passam a ganhar mais dinheiro através de spas na Inglaterra, França, Itália e Suíça para tratar enfermidades.

Eles diziam que esses minerais bloqueavam os poros.

Já no século XVIII e XIX foi mostrado estudos de que maquiagens nos olhos e rosto continham materiais tóxicos como carbonato de chumbo e sulfato de mercúrio.

Os cosméticos então foram deixados de lado durante um bom período.

Conforme haviam mais estudos sobre os poros, os banhos voltaram novamente a serem usados, agora também com sabonetes e shampoo.

Alguns dos ingredientes como: óxido de zinco, corantes naturais, óleo de rícino, enxofre, açúcar eram trazidos do Oriente para serem usados como medicamentos.

A manteiga, o enxofre e terebintina eram usados para tratamento de acne.

Para deixar os cabelos loiros, as mulheres usavam mel, enxofre e alúmen e se colocavam no sol por algumas horas.

A partir disso, a ciência e indústria começam a trabalhar juntos, a saúde e produção de cosméticos passam a ser um dos mercados mais lucrativos.

A evolução industrial trouxe consigo mais ingredientes como: vaselina, talco, glicerina, soda, ureia, ácido benzóico, óleo refinado, entre outros.

O século XX passou a estudar mais a fisiologia da pele e cabelos, também trouxe a fabricação em grande escala de produtos a base de água.

Junto com esses produtos vieram as instabilidades e segurança dos cosméticos.

Isso fez surgir o Federal Food, Drug and Cosmetics nos EUA e EC Cosmetics Directive na União Européia.

No contemporâneo, podemos ver a distinção dos cosmecêuticos e também dos cosméticos naturais, orgânicos, veganos, halal, kosher, trazendo uma grande evolução tecnológica.

Conclusão

O avanço, conforme a origem da cosmetologia oriental, mostrou algumas divergências e com elas a evolução científica também.

Essa evolução científica também nos mostra uma mudança na visão com uso dos cosméticos, principalmente os naturais.

E hoje, em nossa visão, a cosmetologia deve ser usada e aplicada de forma integral, conforme o seu momento ou sua fase.

São eles que são mais compatíveis com nossa química e que trazem inúmeros benefícios para pele.

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Referências

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